quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Você Não Me Ensinou a Te Esquecer

São diversos os motivos que impõe o fim de uma relação e muitas vezes só o amor não basta. Seja por incompatibilidade de interesses ou simplesmente porque ele(a) não está mais a fim de você somos obrigados a enfrentar a solidão.

Mas qual a melhor forma de esquecer alguém que ainda gostamos?

Pessoalmente já testei diversas maneiras:

1) Alta rotatividade: nada melhor do que um novo amor para esquecer o antigo. Cair na balada, procurar o mais gato e ver que você consegue ficar com ele pode fazer bem para a auto-estima, mas é que caipirinha de boteco – o efeito é rápido, porém a ressaca (moral) é longa. Depois que o bofe vai embora fica o vazio e nas comparações com o ser amado (e ainda adorado) ele perde de lavada.

2) Bons amigos: não é porque não estamos mais juntos que não podemos ser amigos. Esta circunstância normalmente ocorre quando já havia uma amizade anterior, temos muitos amigos em comum ou ficamos bastante tempo junto. Costuma ser a mais dolorida de todas, principalmente se você foi preterido por outra pessoa. Ficar sabendo como o outro vive bem sem você e principalmente com outra pessoa faz com que você pense ainda mais nele e prolonga o sentimento desnecessariamente.

3) O que os olhos não vêem o coração não sente: a benção da ignorância. Acabou? Block e Del nele! Pode não ser nada elegante, mas o que está em jogo neste momento é o seu bem estar. Delete do Orkut, bloqueie no MSN, não pergunte sobre ele aos conhecidos em comum. Simplesmente faça de conta que ele foi abduzido por ETs, ou melhor ainda, que ele nunca existiu.

Confesso que costumava usar sempre a tática dos bons amigos, mas depois de muito sofrer, na última relação que tive adotei a do que os olhos não vêem o coração não sente. Sim, é radical e não é politicamente correta, mas os resultados são rápidos (é como comparar reeducação alimentar com lipoaspiração).

E por mais que eu odeie admitir (e não tenha paciência para esperar) minha mãe estava certa: O tempo é o melhor remédio.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Tem Boi na Linha

Não é preciso ser nenhum especialista em relacionamento para saber que o caminho para o sucesso nos relacionamentos amorosos é o diálogo. Mas porque é tão difícil alcançá-lo mesmo sendo tão óbvio?

Com os amigos os diálogos costumam fluir mais naturalmente, tudo o que é dito é aceito e compreendido como tal.

Porém em se tratando de um ser do sexo oposto em quem estamos interessados nada parece ser o que é:

“Hoje vou trabalhar até mais tarde” pode significar “Não quero te ver” ou “Vou sair com alguém mais interessante”.

“Fica comigo até que o tédio nos separe” vira “Joga tudo para o alto e vem ficar comigo agora para todo o sempre, enclausurado num mundo só nosso”

“Senti tua falta” é interpretado como “Quero casar e ter 10 filhos com você”

Ou seja, sempre ficamos buscando uma mensagem subliminar escrita nas entrelinhas. E o pior é que na maioria das vezes acabamos chutando longe (isso quando não acabamos chutando para longe alguém que nem entende o que está acontecendo).

Contra isso proponho a verdade explícita. Verdade explícita é muito mais do que dizer a verdade, simplesmente a verdade, nada mais que a verdade. É estar aberto para acreditar que o outro não vai usar de subterfúgios para deixar implícito o que queria dizer. É ter um compromisso com a verdade em todos os aspectos. E a verdade não emana em mão única... Ninguém é dono da verdade. Nem das suas verdades, muito menos da dos outros.

O cérebro humano está constantemente comparando e julgando absolutamente tudo, portanto simplesmente acreditar, confiar e não se deixar levar pela tentação de “o que isso quer dizer” é um exercício constante e necessário para um relacionamento feliz (e saudável).

Vale a pena tentar!!

domingo, fevereiro 24, 2008

Sobre o Tempo

Pois é, eu sou assim: ligada aos números e prazos. Alguma vez ouvi que só se gerencia o que se mede e levei muito a sério. Enchi minha vida de quantidades e prazos.

Durante um bom tempo acreditei que para se amar alguém era necessário um período mínimo de 3 meses. Antes disso seria apenas o calor das emoções, ou o que se costuma chamar de paixão... O amor era algo a ser descoberto com o passar dos dias, um segundo passo, quando as coisas tornam-se mais calmas e claras, como já citei em alguns posts anteriores.

Preciso confessar que lá no fundo do meu coração eu sempre carreguei o desejo inconfessável de que a vida me desse uma grande rasteira e provasse que eu estava errada. O dia em que o “eu te amo” não coubesse mais dentro de mim e simplesmente saísse pela minha boca, como que um urro ao tomar um soco no estômago. E de repente, não mais que de repente este dia chegou em 1/6 do tempo previsto.

E quando pensei que o tempo deixaria de me assombrar lá vem ele novamente, me cobrando... qual o tempo certo para que a relação engrene? Ainda baseada nas minhas antigas crenças, 4 meses era o tempo médio para se ter certeza de que se queria estar com a pessoa escolhida. Mas incrivelmente fui acometida por uma síndrome de urgência urgentíssima e todo o meu lado calculista e racional entrou em colapso.

Eu quero e quero para ontem e o meu ontem é agora. Fodam-se os prazos, fodam-se os compromissos, fodam-se os outros, foda-se o mundo. Eu quero sair por aí e gritar o quanto amo, o quanto quero, o quanto estou feliz. Ou só ficar quietinha no meu quarto, com meu corpo colado ao dele pelo tempo infinito que dure este louco amor.

sábado, fevereiro 23, 2008

Por que as coisas pra mim não são simples também? – Dos percalços da vida


Por que procuro pêlo em ovo?

Por que só o amor não basta?

Por que vivemos num mundo tão violento?

Por que as crianças morrem?

Por que saudade dói?

Por que eu não tenho o que quero na hora que quero?

Por que eu fico com enxaqueca justo no dia que passei a semana inteira esperando?

Por que sempre algum idiota que nitidamente merece menos do que eu (e dá menos valor do que eu daria) tem as coisas que quero?

Por que com quase 30 (40, 50, 60) anos eu ainda não tenho certeza do que é melhor para mim?

Por que chove no dia em que lavo um monte de roupas?

Por que eu não ganho na Mega Sena?

Por que a taxa de transferência da minha Internet esta tão lenta?

Por que tem dias em que qualquer coisa parece a última gota que faz o copo transbordar?

Por que eu falo em me afastar quando tudo que quero é ficar com alguém?

Por que eu ainda tenho medo de sofrer se quando penso isso já estou sofrendo por não me entregar?

Por que existem guerras?

Por que não existe teletranporte?

Por que minha pressão incomoda se ela é só um jeito de dizer o quanto quero?

Por que a dor do conhecimento me castiga?

Por que eu não me contento com o que tenho?

Por que não me permito ser feliz nas próximas 4h sem pensar nas conseqüências?

Provavelmente todos se identificam com ao menos 4 destas dúvidas. Se nem os grandes filósofos chegaram a conclusões definitivas, não serei eu que vou fazê-lo. Mas de alguma forma isso me faz sentir o sangue correndo nas veias. Só não questionam os grandes idiotas ou quem já morreu.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Samba do Approach

Ah, a noite! Nela tudo pode acontecer... sempre! Nada como uma quinta-feira à noite para cair na balada com as amigas e dançar muito! Mas reza a lenda urbana que você não vai encontrar o "homem da sua vida" na noite. Para mim, até hoje isso sempre foi verdadeiro.

Eventualmente encontra-se alguém interessante, mas no geral o que mais aparece são os bonitões sem conteúdo. E homem burro é feito churros: pode até dar água na boca quando se olha, mas mal se acaba de comer e já causa indigestão.

Quantas cantadas horríveis ainda teremos que ouvir?

- “Bombom,o que você está fazendo fora caixa?”

- “Depois que te vi não vejo mais ninguém. Será que estou ficando cego?”

- "Não te doem as pernas de fugir dos meus sonhos todas as noites?"

- “Minha psicóloga disse que eu ia encontrar alguém especial hoje esta noite! “ (Hãã????)

Mas pior do que isso ainda é os que querem dar "carteiraço":

- "Quantos anos você acha que eu tenho? 28? É mais, vou até te mostrar a minha carteira de juiz para provar. "

- "Oi gata, estou super cansado, o plantão de hoje no hospital foi pra matar. Qual o teu nome?"

O que os homens esperam com isso? Que alguma mulher com mais de 15 anos e um mínimo de cérebro dê oportunidade de passar uma noite ao seu lado? Só podem estar malucos. E quem usa um approach destes não pode ter muito mais a oferecer.

O mínimo que eu espero de um homem é que ele tenha criatividade o suficiente para se aproximar sendo ele mesmo. Uma das cantadas mais legais que já recebi foi num show e era assim: “Estou vendo que tu estas curtindo o show com as tuas amigas e não quero te atrapalhar. Pode me dar o teu telefone e eu te ligo no final?” Simples, prático, sincero. Ele ligou e acabei saindo com ele (que era um mala, mas isso é outra história).

Um pouco de cultura geral, atualidades, música, cinema sempre são bons argumentos para iniciar uma conversa e descobrir afinidades, que darão o seguimento (ou não) do papo e quem sabe da história. Não precisa ser "Nerd" (de preferência que não seja), porém me desculpem os burros, mas inteligência é fundamental!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Ainda Sobre Ciúmes

Segundo pesquisa publicada na ZH do dia 03/02/08, quanto maior o ciúme mais alta a chance de ser traído. O estudo realizado por um psicólogo revelou que ao demonstrar ciúmes chamamos atenção do parceiro para outro indivíduo que muitas vezes tinha passado despercebido até então. Além disso, o clima de desconfiança desgasta a relação.

Este desgaste é negativo para ambas as partes. De um lado, o ciumento, que vive 100% do tempo em alerta, com a dose de adrenalina lá em cima, maquinando a teoria da conspiração. E de outro o objeto do ciúme que acaba se policiando para não gerar desconfianças infundadas. No meio disso tudo os bons momentos ficam relegados ao tempo em que não se esta discutindo.

Acredito que as relações se baseiam em outros pilares: liberdade e o desejo de estar junto. Sou livre, independente e bem resolvida. Se fico com alguém, a única coisa que me mantém ligada a esta pessoa é a vontade de estar junto. Portanto se passo 7h seguidas no MSN falando com ela, se troco 10 SMS por dia ou movo mundos para estar com ela nem que seja por 25 min. é porque realmente gosto desta pessoa e quero cultivar esta relação.

Obviamente que “além de dois existam mais”, porém isso por si só não quer dizer nada. Estar com alguém é muito mais do que compartilhar o beijo, o corpo, a cama. É querer compartilhar a vida, é ter/ser ponto de equilíbrio, é querer construir coisas juntos, é olhar para além do pôr-do-sol, é encontrar a si mesmo dentro do outro.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Post Feliz para um Dia Feliz

Quando era criança gostava muito do filme “A Noviça Rebelde”. Neste filme a pobre governanta, uma ex-noviça, tem a difícil tarefa de cuidar das 7 pestinhas do Capitão Von Trapp, criadas em regime militar após a morte da matriarca.

Em um determinado momento, ocorre uma terrível tempestade e todos ficam muito assustados. Ela canta uma canção (obviamente, afinal é um musical) e é aí que as crianças começam a ceder à doçura da Fräulein Maria.

O nome da canção que me acompanha desde os meus 6 ou 7 anos chama-se "My Favourite Things" e já adolescente descobri uma versão gravada pelo Coltrane (extasiante). Nela são citadas várias coisas simples da vida que nos fazem felizes.

Segue uma breve lista das “my favourite things” (sem qualquer ordem de prioridade):

- Cheiro de grama cortada

- Manhã de sábado de sol

- Mensagens carinhosas dizendo que alguém lembrou de mim (nos momentos mais inesperados)

- Fazer xixi quando estou muito apertada

- Ouvir alguma das minhas músicas preferidas tocar no rádio (mesmo que eu tenha ela no mp3 player)

- Comer manga e me sujar até os cotovelos com o caldo

- Beijar na boca

- Dançar até o dia amanhecer

- Abrir a primeira página de um livro que estava louca para ler

- “Ouvir” coisas que só o silêncio e um olhar podem dizer

Hoje não é sábado, provavelmente não vou sentir cheiro de grama, nem comer manga... mas incrivelmente é como se tudo isso estivesse acontecendo ao mesmo tempo!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Mutatis Mutandis

Uma das maiores qualidades do ser humano é a capacidade de adaptação. Isso possibilitou a nós sermos a raça dominante no planeta, presentes desde o mais quente deserto à mais fria tundra ártica, seja ao nível do mar, seja à centenas de metros de altura.

Apesar desta qualidade inata, que nos permite adaptação física, muitos de nós são incapazes de mudar suas idéias. Ficam tão agarrados à elas que passam a ter orgulho não das idéias em si, mas da firmeza com que as defendem, mesmo quando já não têm mais nenhum sentido.

Já eu "prefiro ser aquela metamorfose ambulante". Ok, não tão flúido, mas ainda assim, não imutável. Se o argumento for bom, se for convincente ou verdadeiro, eu o aceito e mudo.

Por toda a minha vida defendi o chamado amor livre. Ou ao menos uma forma mais 'natural' de amar, menos opressiva, menos possessiva, em que a fidelidade não significa exclusividade e que permite a cada um viver o máximo de relacionamentos, desde que todos sejam saudáveis, sinceros, francos e, acima de tudo, felizes e prazeirosos.

Pois eis que me pego questionando esta idéia, esta postura.

De repente, começo a pensar se, afinal, não pode sim haver prazer e felicidade em um contrato de fidelidade COM exclusividade, onde cada uma das partes vive, em termos afetivos e sexuais, exclusivamente para a outra.

Ainda tenho dificuldade em acreditar que o homem possa, por livre e espontânea vontade, optar pela monogamia. Mas começo a pensar que esta não é, afinal, uma luta irremediavelmente perdida.

Enfim, mutatis mutandis.

sábado, fevereiro 02, 2008

Só o presente importa

Estava de papo no MSN. Entre uma frase e outra, soltei a pérola abaixo. Devo ter lido em algum lugar, mas como fui eu quem escreveu e eu gostei, posto aqui. :-)

"o passado é historia.. o futuro expectativa.. só o presente importa.. o presente é o único tempo que importa.. o resto é ilusão".

Boa não? :-)