segunda-feira, dezembro 26, 2005

Dia triste

Hoje é um dia triste. Não deveria ser, mas é. Algo muito, muito importante se quebrou. Não por que foi mal cuidado, mas porque estava fadado a este fim. Ao menos neste momento. Sabia disso desde o início, mas não queria aceitar. Na verdade, ainda não quero.

Hoje é um dia triste. Por mais que eu tente ver por outro lado, ver o copo meio cheio, ainda assim, a verdade - sempre ela - é que o copo está completamente vazio. E isso é triste.

Hoje é um dia triste porque toda a felicidade que foi acumulada só faz deste momento o mais triste de todos. E mesmo que isto tenha sido antecipado ou vindo em conta-gotas, nada pode tornar isso menos triste.

Hoje é um dia triste. E ponto.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Fico assim sem você

Ainda da série "músicas que falam por mim", hoje é a letra de Cacá Moraes e Abdullah, na interpretação da sensacional Adriana Calcanhoto, que diz o que sinto.

A música é "Fico assim sem você".

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

terça-feira, dezembro 20, 2005

A arte imita a vida

Até agora este blog estava apenas em preto e branco. "No pictures, no colors". Vamos mudar isso. Vi esta imagem de divulgação do novo filme de Lasse Hallström (mesmo diretor de 'Chocolate'), chamado Casanova, que tem Heath Ledger (Coração de Cavaleiro) como protagonista e, como acho que tem tudo a ver, resolvi estrear com ela.

Pra quem ainda não sabe, esta é a história do sedutor italiano (Casanova) que é conhecido pelo seu charme irresistível, que lhe rendeu mais de uma centena de belas mulheres. O galanteador viajou pela Europa no meio de figurões da história como Luís XV, Rousseau e Mozart. Soldado, advogado, músico e, ocasionalmente, travesti, ele morreu aos 72 anos, quando namorava uma menina de 22.

Definitivamente, este soube mesmo viver e morrer. ;-)

O ciúme da primeira vez

Ainda assistindo ao Paulo S´antana, vi ele recitar "O Ciúme", de Guilherme de Almeida, e, como gosto muito da idéia expressa neste poema, o transcrevo aqui:

"Minha melhor lembrança é esse instante no qual
Pela primeira vez me entrou pela retina
Tua silhueta provocante e fina
Como um punhal.

Depois, passaste a ser unicamente aquela
Qua a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.

E agora que eu tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
Que os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei;
Agora, que não mais me és inédita, agora
Que eu compreendo que tal como te vira outrora
Nunca mais te verei;

Agora que de ti, por muito que me dês,
Já não me podes dar a impressão que me deste,
A primeira impressão que me fizeste,
Louco, talvez,
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda
Pela primeira vez!"

O fastio do casamento

Estava assistindo TV e vi o Paulo S´antana dizer que a solução para o que ele chamou de "o fastio do casamento" é o casal dormir em camas separadas.

Não é a primeira vez que ele diz isso, mas é a primeira em que ele acaba indo mais longe e até exagerando, dizendo que o casal deve inicialmente dormir em camas separadas no mesmo quarto, depois em quartos separados, depois em casas separadas. Até aí, eu concordo com ele. Ao menos na parte das casas. Das camas, não muito, já que acho que parte da graça do casamento está justamente em dividir a cama.

Mas ele não para por aí e diz que, ao final, se o fastio ainda persistir, o casal deve dormir em cidades ou mesmo países diferentes. E se isso não resolver, a mudança para outro planeta não deve ser descartada. Mas aí eu acho que ele já estava viajando mesmo... Se bem que é como ele diz: nada pior do que o fastio para um casamento. E se o fastio vier, que venha a separação. Ainda que, segundo ele, pior do que o casamento, é a separação.

Em tempo: fastio (s.m.), do latim fastidiu, significa: (1) falta de apetite, (2) repugnância à comida, (3) enfado, (4) tédio, (5) enfadamento.

sábado, dezembro 17, 2005

Refrão de Bolero

Desta vez, a música não fala exatamente por mim, mas me lembra bons momentos... Então, como a achei por aí, na rede, posto-a aqui, como uma homenagem silenciosa a quem, provavelmente, nunca vai ler este post.

REFRÃO DE BOLERO
Engenheiros do Hawaii

Eu que falei: "nem pensar..."
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão, como refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser

Um erro assim tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E, quando acaba a bebedeira,
Ele consegue nos achar

Num bar
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro,
E uma cara embriagada no espelho do banheiro

Teus lábios são labirintos,
Que atraem os meus instintos mais sacanas
Teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu entro sempre na tua dança de cigana

Eu que falei: "nem pensar..."
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão, como refrão de bolero
Eu fui sincero, Eu fui Sincero

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus instintos mais sacanas
Teu olhar sempre me engana
É o fim do mundo todo dia da semana