segunda-feira, janeiro 21, 2008

Viva Cazuza!

Estava ouvindo o velho e bom Cazuza e ouvi duas músicas que me fizeram pensar: Será que ‘eu quero a sorte de um amor tranqüilo’? Ou quero viver o “exagerado, jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado”?

A paixão é aquela obsessão, pensamento focado na pessoa, vontade de estar junto o tempo todo. É o frio na barriga, a insegurança constante, se jogar rumo ao desconhecido. Costumo compará-la a uma montanha-russa: vai-se do céu ao inferno em questão de segundos e logo se esta no topo novamente. Um gesto de carinho faz o mundo explodir em cores vivas, mas duas horas sem nenhum contato do objeto de desejo faz tudo ficar sem graça. Tudo é exagerado. Nela só vemos as qualidades do outro... tudo é lindo e perfeito. Até aquele chulézinho passa a ser apenas um azedinho gostoso. É uma necessidade urgente de tornar-se um só ser e desta forma inventa-se um amor.

O amor tranqüilo é diferente. O trabalho rende, já que o pensamento não esta focado apenas em uma pessoa, porém como estamos felizes tudo flui. E não há nada melhor que entre uma tarefa e outra pensar no seu amor e dar aquele sorriso saudoso. Não existe tanta aventura, mas é possível manter as rédeas de nossas vidas. Para fazer uma comparação com a montanha-russa, o amor seria um carrossel... não varia muito nos movimentos, mas com todos aqueles cavalinhos iluminados à noite é o símbolo do parque. O gesto de carinho ainda nos faz explodir em cores vivas, mas a graça permanece ali, já que não há insegurança e a companhia do ser amado é apenas uma questão de horas, que serão aproveitadas para tocar a vida, de forma saudável. No amor o outro é real, não um ser etéreo e inatingível. Se tiver um chulézinho tudo bem... quem ama cheira junto. É uma entrega, mas querendo ‘o corpo inteiro como um furacãoBoca, nuca, mão e a tua mente não’, porque existe respeito pelas idéias e desejos do outro. Nele ninguém quer ser um, porque ninguém é meio... São duas pessoas inteiras, juntas pela vontade de estarem juntas.

Montanha-russa é bom, mas enjoa. No carrossel é preciso um pouco de criatividade, para pensar nos infinitos lugares que os cavalinhos podem nos levar, mesmo sem sair do lugar. E para ter a sorte de um amor tranqüilo basta um companheiro para fazer a parceria que te levará rumo à felicidade.

2 Comments:

Blogger Ele disse...

"Quando a gente pensa que sabe as repostas, vem A Outra e muda todas as perguntas"...

segunda-feira, 21 janeiro, 2008  
Anonymous Anônimo disse...

É "OUTRA", com vc não tem tempo ruim. Gosto desse seu jeito, de ser a certinha /ou a errada, doa a quem doer. Vc é vc é pronto...... Me vejo em vc.......
Bjuxxx
EU

terça-feira, 22 janeiro, 2008  

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