terça-feira, janeiro 29, 2008

Alegria agora, não amanhã

Seguindo a linha do post anterior, escrito pela Outra, também não me arrependo do que faço, mas posso me arrepender amargamente do que deixo de fazer. Não sei se concordo com o 'eterno retorno' ("A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!"). Não sei se todas as coisas se repetirão, porque não estou certo se voltarei a viver esta ou qualquer outra vida.

Na verdade, prefiro pensar que o 'eterno retorno' está incorreto, pois, se correto for, nenhuma de nossas atuais decisões importa. Se o tempo é eterno, então o que fazemos há muito já foi decidido por nós e apenas nos repetimos. O livre arbítrio é uma fábula e estamos presos eternamentente à roda da Samsara.

Prefiro crer que tomamos nossas próprias decisões, pro bem e pro mal, e que somos os únicos e verdadeiros responsáveis por todos os nossos sucessos e todos os nossos fracassos.

Por outro lado, sou ansioso. Quero tudo agora. Assim, não quero esperar para ser feliz em outra vida, no pós-morte, talvez. Quero ser feliz agora, já. E então, ao morrer, simplesmente sumir. Ou, se for preciso, arcar com todas as consequencias dos meus atos, mas com o sorriso de quem foi feliz e, se possível, no processo, fez feliz também.