segunda-feira, janeiro 28, 2008

O Eterno Retorno

"Cada vez que você escolhe uma ação, deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade.”

Apesar de toda a formação religiosa herdada de minha família não tenho um conceito formado sobre o que acontece conosco após a morte. Porém gosto da teoria d´O Eterno Retorno de Nietzsche.

Dependendo da ótica utilizada ela pode parecer muito severa... carregarei o peso das minhas decisões por toda a eternidade. Mas prefiro pensar que se deixar de fazer alguma coisa que eu tive vontade, ficarei sem ter vivido aquela experiência, aquele momento, para todo o sempre.

Deparamos-nos diariamente com este desafio, até mesmo nas coisas mais simples: se eu comer manteiga posso entupir minhas artérias e ter um AVC, mas imagina ficar o resto dos tempos sem sentir aquele gosto delicioso quando ela se derrete no pão quentinho!

Nas outras coisas a lógica é a mesma... existe um caminho que as vezes nos parece mais tranqüilo e seguro, mas também existem outros mais bonitos, divertidos e até mesmo mais pedregosos.

Caso após esta vida não exista mais nada, eu não vou ter nenhum pecado para expiar... se houver um eterno retorno não vou me arrepender das vezes em que ‘paguei para ver’.

Infeliz daquele que não tentou, que não arriscou, que não se jogou rumo ao desconhecido.

1 Comments:

Blogger Ele disse...

"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço". (Ítalo Calvino, As cidades invisíveis)

terça-feira, 29 janeiro, 2008  

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